Animais são utilizados em guerras desde
que descobrimos que sentar em um cavalo é mais rápido que correr. Mas
existem jeitos ainda mais incomuns de se aproveitar dos bichinhos como
armas de guerra. Confira:
10. Galinhas esquentando bombas
Em 1957, no auge da Guerra Fria, a Grã-Bretanha traçou um plano para
enterrar uma série de ogivas nucleares em toda a Alemanha como um
mecanismo de proteção em caso de o exército soviético tentar invadir a
Europa a partir do leste. Imediatamente, eles encontraram um problema:
as temperaturas de inverno do norte da Alemanha, onde eles planejavam
enterrar as armas nucleares, eram muito frias para bombas eletrônicas
funcionarem.
Cientistas militares vieram com uma ideia ridícula, mas eficiente:
galinhas produziriam calor corporal suficiente para manter os circuitos
eletrônicos quentes. Com uma semana de comida disponível, elas viveriam
tempo suficiente para manter as bombas em funcionamento. Eventualmente, o
projeto foi cancelado, não porque era louco, mas porque a Inglaterra
estava preocupada com os aspectos políticos da detonação de ogivas
nucleares em território aliado, o que faz muito mais sentido.
9. Falcões anticomunicações
Antes de comunicação de longa distância ser amplamente disponível,
pombos-correios eram usados para enviar mensagens. Na Segunda Guerra
Mundial, o Reino Unido usou um número estimado de 250.000
pombos-correios para receber mensagens das tropas atrás das linhas
inimigas, especialmente em situações onde não podiam usar rádios. Era a
tática perfeita: um pombo treinado podia viajar mais de 1.800
quilômetros para um local preciso, sem enviar quaisquer sinais que
pudessem ser rastreados pelo inimigo. Mas como a “tecnologia pombo” não
era exclusiva de um exército qualquer, os alemães também estavam
enviando mensagens via pombo.
Assim, os britânicos formaram uma pequena força de falcões peregrinos
para patrulhar a costa da Grã-Bretanha e interceptar a saída de
pombos-correios. O projeto parece ter sido bem sucedido, e pelo menos
dois pombos inimigos foram capturados vivos e, em seguida, referidos
como prisioneiros de guerra (por brincadeira, esperamos).
8. Mamíferos marinhos antiterrorismo
Desde os anos 1960, a Marinha dos EUA tem uma ramificação ativa
dedicada a um propósito: treinamento de criaturas marinhas para a
guerra. Se isso soa incrível, é porque é. Mais comumente, golfinhos são
treinados para detectar minas submarinas e alertar a patrulha nas
proximidades de sua presença.
Em Seattle (EUA), golfinhos e leões marinhos também são treinados
para detectar intrusos humanos. Quando um golfinho vê um nadador, nada
para o barco mais próximo da Marinha, enquanto o leão marinho se
aproxima do invasor com uma braçadeira de metal que trava em torno de
sua perna – mesmo. A União Soviética também supostamente teve uma
unidade militar de guerra dedicada a mamíferos marinhos, que treinava
golfinhos para atacar navios inimigos através da diferenciação entre o
som das hélices dos navios. Alguns anos atrás, golfinhos foram vendidos
para o Irã para “servir” no Golfo Pérsico, e foram apelidados de
mercenários.
7. Morcegos bombardeiros
Durante a Segunda Guerra Mundial, os cientistas militares de ambos os
lados da luta estavam à procura de maneiras de obter uma vantagem. Uma
ideia dos EUA foi uma “bomba morcego”, de codinome Projeto X-Ray.
Desenvolvida por Lytle S. Adams e realmente aprovada para uso pelo
presidente Roosevelt, a bomba morcego consistia de uma pequena carga com
17 gramas de napalm ligada aos animais que, quando caíam sobre as
árvores e casas do Japão, se acendiam colocando tudo em fogo. O projeto
foi uma das principais estratégias do país na guerra, e milhares de
morcegos sem cauda mexicanos foram importados para a “causa”. O projeto
acabou sendo desligado para que os EUA investissem mais dinheiro na
bomba atômica.
6. Ratos que cheiram minas
Uma das lembranças mais viscerais de guerras anteriores é a presença
de incontáveis minas terrestres espalhadas por zonas de combate antigas.
Estas minas representam um perigo real para os civis – estima-se que
pelo menos 70 países tenham minas esquecidas enterradas debaixo do solo.
Limpar minas com trabalho humano é demorado e mortal, então animais
são muitas vezes utilizados para este fim. A Mongólia até ofereceu 2.000
macacos aos EUA para ajudar a limpar campos de minas antigos, mas, como
os seres humanos, os macacos são pesados e acionam acidentalmente
minas, o que não é desejado.
Charlotte D’Hulst está trabalhando em ratos geneticamente modificados
que serão capazes de ajudar soldados a limpar com precisão mais de 300
metros quadrados de terra em apenas algumas horas. Os ratos modificados
podem detectar cheiros 500 vezes mais fracos do que ratos normais, e são
pequenos o suficiente para não acionar acidentalmente minas.
5. Híbridos insensíveis à dor
Na década de 1920, Josef Stalin pôs em marcha um plano para criar uma
raça de supersoldados cruzando humanos e chimpanzés. Ele colocou seu
melhor cientista veterinário, Ilya Ivanov, para trabalhar no projeto,
com a tarefa de criar um “ser humano invencível, insensível à dor”.
Ivanov foi trabalhar na Guiné Francesa e lá tentou engravidar
chimpanzés fêmeas com esperma humano – seu esperma. Registros dos
experimentos sugerem que ele só usou três chimpanzés para o projeto de
inseminação. A próxima etapa do experimento envolveu o uso de esperma de
macaco para engravidar uma mulher humana, mas pelo que se pode dize,r
isso nunca aconteceu, porque o único macaco com a idade reprodutiva
correta ao qual tinham acesso morreu antes do experimento.
4. Cães guerreiros
Embora cães sejam amplamente utilizados em guerras hoje em dia, eles
não são exatamente armas. Na Grécia antiga, no entanto, cães guerreiros
foram alguns dos mais ferozes adversários no campo de batalha.
No século VII aC, a cidade grega de Magnésia começou a complementar
suas forças militares com mastins treinados, que podiam crescer até 113
kg. Eles enviavam os cães na primeira linha de batalha para acabar com
as formações das tropas, com os soldados seguindo atrás para tirar
vantagem do caos. Pode parecer cruel, mas os cães eram muitas vezes
tratados como qualquer outro soldado, até o ponto de serem equipados com
armaduras para protegê-los na batalha.
3. Ataque de abelhas
Em 1994, a Força Aérea dos EUA começou a desenvolver armas não letais
para uso em combate. Uma das propostas (que foi realmente levada a
sério) era intitulada algo como “Assédio, Irritação e Identificação
Química de ‘Caras Maus’”. Além de boba, era vagamente ofensiva.
O relatório completo (que você pode ler em inglês aqui)
identificava várias formas possíveis de soltar bombas químicas sobre o
inimigo, que não deveria matá-lo, apenas irritá-lo. Por exemplo, uma
bomba continha feromônios para atrair abelhas ou vespas para picar os
soldados inimigos. Outra poderia infligir ao inimigo “halitose grave e
duradoura (mau hálito)”. Finalmente, a categoria 3 sugeria o uso de
afrodisíacos fortes que “causavam comportamento homossexual”. Em outras
palavras, a Força Aérea chegou a considerar fazer uma bomba gay.
2. Cobras afugentadoras
Como qualquer historiador vai lhe dizer, Aníbal (ou
Hannibal) foi um general militar muito eficaz. Seu gênio estratégico
desempenhou um papel decisivo nas Guerras Púnicas e deu muito trabalho a
Roma. Ele é provavelmente mais famoso por liderar uma força de invasão
(com elefantes e tudo) através dos supostamente intransponíveis Alpes
para atacar Roma onde eles menos esperavam, mas essa não foi sua
estratégia mais bizarramente criativa de guerra.
Anos após as guerras púnicas, Aníbal estava travando sua própria
batalha contra Eumenes II, rei de Pérgamo. Era uma batalha de barco, e
ele estava em desvantagem numérica. Em uma ideia brilhante, descobriu
que navio inimigo levava o rei, alinhou seus próprios navios e começou a
lançar jarros cheios de cobras venenosas nele. O rei, assustado,
virou-se e fugiu, e os demais navios o seguiram.
1. Pombos guiadores de mísseis
Outra ideia equivocada da Segunda Guerra Mundial, o “Projeto Pombo”
foi um plano militar para colocar pombos no nariz de um míssil, a fim de
guiá-lo para o alvo certo. Isso foi antes da era dos mísseis guiados, e
recebeu muita atenção dos militares dos EUA.
O plano era criar um cone de nariz especializado que coubesse em um
míssil. Cada cone tinha três compartimentos para abrigar pombos
treinados e uma tela que mostrava o caminho do míssil. Conforme ele se
aproximasse do seu objetivo, os pombos bicariam a tela e alinhariam o
míssil na direção certa. Os pombos foram treinados previamente para
reconhecer o alvo, de modo que, se o míssil saísse de curso, seriam
capazes de corrigi-lo. Depois de algum financiamento inicial, o projeto
foi vetado por ser pouco prático.
FONTE: hype science
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